Noisey

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #120

Eita semaninha medíocre de sons.
rica 24

Eae brava gente brasileira.

Essa semana não foi das melhores não, o que tudo bem, faz parte. É até melhor que aí você tem mais tempo pra ouvir as boas da semana passada (teve coisa boa semana passada). MAS VAI OUVIR AS DA SEMANA PASSADA DEPOIS. Primeiro vê aqui as que teve essa semana né, até porque você já está aqui, então não vai perder a viagem. Depois você desbrava o passado, a história, o que houve antes.

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Certo galera? Então show.

BORA PROS LANÇAMENTOS.

----TOP DA SEMANA----

Sem top da semana. =(.

----AS BOAS QUE TEVE NA SEMANA----

Dona Onete - Rebujo Bom por ser um disco de carimbó-calipso-brega sem meter muita gracinha pra modernex do sudeste (só um pouco de gracinha). A produção ser limpíssima nunca me agrada, mas eu não sou o grosso do público alvo desse disco. Fora que hoje, realmente, 40 minutos de carimbó-non-stop me deu uma cansada. No final do disco num tava mais muito afim de MAIS carimbó. Então é um bom disco (BOM), vale ouvir, e aí cê descobre se você é mais de ouvir carimbó sem parar por muito tempo, ou é mais de catar umas músicas aqui e ali e meter numa playlist qualquer aí. Vai de gosto.

Ty Dolla $ign - “Purple Emoji” Rapzinho aí pá, quase que velha guarda essa batida chillwave de fundinho. Gostosinho de tar ouvindo, mas nada grandes coisas não. Mas boazinha, vá. A participação do J. Cole dá um tchans no negócio.

Steve Lacy - Apollo XXI No geral é um bom disco, mas é montanha russa de emoções. Começa fraquinho, incluindo uma faixa de 9 minutos que, meu Deus pra que isso. Aí no meio (“Basement Jack”, “Guide”, em diante) o negócio engata legal e cê já fica “opa, agora vai”… mas acaba que não vai não, e fica meio fraco de novo. Nessa primeira audição ficou um disco de 12 músicas que dá pra pegar umas 3 ou 4 e o resto deixa quieto. De toda forma deixo na lista das boas, porque mesmo as fraquinhas não estão de todo mal (mas estão fraquinhas).

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The Flaming Lips - “Giant Baby” Assim, ó… Bonitinha, gosto muito quando o Flaming Lips vai pra essa ondinha tipo Yoshimi… e At The War… mas também tem que ver que é o tipo de música que, se eles quiserem, fazem uma diferente a cada dia. Num tem #aquele tchans, pra botar lá em cima da lista. Mas é música boa com certeza.

MC Léo da Baixada - “Grauzão de Meiota” Ow é bom esse gravão aí. Gravão CAR BASS de vibrar janela das casas da tradicional família brasileira. A letra tanto faz e a batida é meio padrão. Mas o grave é daora. Boa.

PJ Harvey - “The Crowded Cell” Gostei da música de um jeito que nem sei explicar muito bem, mas gostei. A voz dela é foda total e esse eletro-folk com uma batida muito disfarçada é legal também. Depois fui ver que é de trilha sonora de série, aí me dá uma desanimada. Mas tudo bem também. Enfim, boa.

----AS MAIS OU MENOS DA SEMANA----

Lulu Santos - Pra Sempre O disco começa muito bem, com um #Lulu 90’s muito bem produzido, naquelas onda do charm-eletrônico dele (noventa). Eu tava gostando bem do popzinho das 3 primeiras músicas, muito ZONA DE CONFORTO. Mas ali em diante despenca, mas despenca fudido. Fica uma bobajada pop-rock que ninguém salva, nem o #feat d’O Terno em “Lava”. O bloquinho final é total lounge chato de loja de roupa multi-marcas. Seria um EP de muito bom, mas é um disco medianíssimo.

Clarice Falcão - “Mal Pra Saúde” Batidinha electroclash, pouco criativa mas bem feitinha, mas o que me incomodou mesmo é que ela num tá cantaaaaando cantando, sabe? Talvez pra emular um Ladytron e tal, mas soou meio um “num queria tar gravando voz hoje não”. Aí num rolou muito pra mim não.

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Jorge Vercillo - “Nas Minhas Mãos” Desconsiderando o óbvio (que é imitão do Djavan, e sempre será, e já nem faz tanta diferença essa info), a música até não é de todo mal. Tem uma melodia bem boa, bem MPB #grooveado, porém meio manjadinha, e bem mais longa do que deveria. A metade final já fica mais desafiadora de aguentar ouvir. A letra eu tentei ao máximo não prestar atenção pra não prejudicar a experiência, porque eu tô ligado que vai prejudicar. Música ok.

Day & Lara, Jerry Smith - “Faz comigo outra vez” Era pra ter sido o maior trio da indústria desde Pavarotti, Domingo & Carreras. Mas quis o destino a sair uma música fraquinha dessa. Um arrocha que não empolga em momento algum, uma tristeza só. Fiquei bem decepcionado porque dava pra sair coisa bem melhor desses três, pelo amor.

Dead Fish - “Sangue Nas Mãos” Nhé. Num rolou o HC aí não. Nem sou muito de falar de letra também, mas vai ficar datado logo menos. Mas aí faz parte também. Uma hora com certeza vai rolar, boto fé. Por enquanto é okzinha, se muito.

Prettymuch - Phases O Prettymuch era a última muralha da cultura ocidental das boy bands. Era. Com esse EP muito bobildo, sem nenhuma inspiração, mediano, os coreanos tão com o caminho totalmente livre pra devastar tudo. Acabou.

Toto - “Chelsea”

Aí o que vocês fizeram. Agora tão lançando mais música aí. Não é de toda ruim, mas é meio “já ouvi assim centenas de vezes”, meio que um Yes só que com 0% de virtuose & pirulitagens. E longa. 3 minutos resolvia isso aqui, mas quiseram estender um pouco, sei lá pra que. Som ok bem do ok.

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