Na tarde do último domingo (5), um grupo de drag queens se reuniu em um ato contra a homofobia no Shopping Penha, na zona Leste de São Paulo. A manifestação foi organizada depois que um coletivo de drags, no dia 29 de janeiro, foi barrado na entrada do shopping enquanto tentavam ir almoçar. "Eu não sabia o que fazer, trabalho há 11 anos com isso e nunca tinha acontecido [o preconceito]. Saímos no intervalo do curso de drag e aconteceu todo caso", relatou Paulo Sergio, mais conhecido como Yasmin Carraro, professor do curso para drag queens.
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Na mesma entrada do shopping onde foram barradas, as drags se reuniram para um ato pacífico. A artista Tchaka fez um discurso para todos explicando o ocorrido e qual seria o objetivo daquela intervenção: "Maquiagem não esconde identidade, homofobia esconde muito bem a cara de pau", disse uma das participantes durante o ato que também teve o coro de: "se me barra não vou deixar, vai ter drag todo dia!"
O grupo seguiu andando pelo shopping onde recebeu apoio de clientes e funcionários presentes no local. A praça de alimentação foi palco para o desfile individual de cada uma como forma de mostrar a sua indignação. "Nós temos uma lei aqui em São Paulo que é a 10.948 [sobre discriminação em razão de orientação sexual], que nos coloca em pé de igualdade como qualquer outro cidadão desse estado. Então sofreu qualquer tipo de agressão física, verbal, psicológica entra com essa lei", aconselhou Tchaka, sobre a lei estadual que pune pessoas por atos homofóbicos.
A administração do shopping, por sua vez, se posicionou por meio de sua assessoria informando que "o Shopping Penha reforça ainda que, como polo comercial e cultural da região que gera milhares de empregos diretos e indiretos, contribuindo, portanto, para o desenvolvimento do bairro e das pessoas que nele residem, é um empreendimento voltado à comunidade, sem qualquer tipo de discriminação sexual, social, racial, religiosa ou política e que sempre está de portas abertas para receber seus visitantes de forma cordial."
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