No último sábado (29) a banda norte-americana Animals as Leaders fez sua estreia em terras brasileiras. Um dos grandes nomes do djent, gênero que nasceu como um braço do metal progressivo, o grupo, liderado pelo guitarrista Tosin Abasi, finalizou a pequena turnê sul-americana de divulgação de seu mais recente álbum, The Madness of Many, lançado ano passado.O Carioca Club é, hoje, o principal palco do metal na capital paulista. A casa tem programação variada e é normal um show de rock começar às 19h e ser seguido por uma pagodaço daora às 23h. Pluralidade absurda demais. Noves fora, o Animals as Leaders tem um senso estético engraçado que desconstrói completamente os estereótipos e signos que rodeiam o metal.
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O modo como os integrantes se vestem e se portam no palco nada lembra a imagem padrão que a gente constrói de uma banda de metal. Rolou até coraçãozinho fofo com as mãos, o clássico S2, em direção ao público. O peso e a complexidade sonora da banda não se refletem no modo como eles se portam. Zero afetação prog metaleira. E isso é bom. Nada de marmanjo com cara de mau e clima soturno. Com o Animals as Leaders, a camaradagem e o bom humor são elementos fundamentais.O djent leva a virtuose do metal progressivo a outro nívell. O Animals as Leaders, um power trio sem baixo que sustenta seu peso com duas guitarras de oito cordas, surpreende ao vivo. A sincronia que Tosin e os outros dois integrantes — o guitarrista Javier Reyes e o baterista Matt Garstka — mantém ao vivo é intensa.Ao fim da apresentação, Tosin saudou o público e, claro, disse que quer voltar logo. De quebra, uma nova prova de desconstrução metaleira do Animals as Leaders. O guitarrista saudou dois músicos brasileiros que ele se diz fã: Max Cavalera e Yamandú Costa. Isso mesmo. YAMANDÚ COSTA. Acho que a galera não entendeu muito bem. Mas é isso aí. Imagina que fera seria o Yamandú Costa se tornar um símbolo do djent brasileiro? Só basta o Animals as Leaders querer.