A Sarrada no Brejo teve pop, funk, pagode e zero preconceito

Val Coe e Vanessa Gomes registraram em fotos a primeira edição da festa paulistana em pról da visibilidade e protagonismo da mulher lésbica negra periférica da Coletiva Luana Barbosa.

Por Val Coe e Vanessa Gomes

3.11.16

Aconteceu no último dia 21 de outubro em São Paulo, a primeira edição da festa Sarrada no Brejo, que é uma das novas propostas de entretenimento somente para mulheres. A Sarrada é uma das ações feitas pela iniciativa da Coletiva Luana Barbosa, e surgiu inicialmente como forme de arrecadar verba para a última edição da Caminhada de Lésbicas e Bissexuais. Após receberem muitos pedidos das mulheres que participaram, a festa acabou tomando vida própria.

A Coletiva Luana Barbosa é formada por militantes de movimentos em prol da visibilidade e protagonismo da mulher lésbica e bissexual negra periférica e realiza diversas ações culturais pela cidade como sarais, rodas de conversa, ajuda a moradores em situação de rua; além de ser um grupo de ajuda mútua entre as companheiras de luta.

A proposta da festa é fugir dos eventos estereotipados da cena lésbica e bissexual, criando um lugar seguro para as mulheres se divertirem sem correr o risco de preconceitos e abusos. A verba arrecadada entre as mais de 700 mulheres que sarraram na festa será destinada às próximas ações da coletiva, além de ajuda financeira às outras companheiras.

No som, rolou desde funk como MC Carol, MC Pikeno e Menor, MC Bin Laden, Ludmilla, Bonde da Stronda e Inês Brasil ao pagode anos 90 como Exaltasamba, Raça Negra, Katinguelê e Negritude Jr., passando pelas deusas do pop Beyoncé e Rihanna e apresentações de grupos de hip hop como Luana Hansen e Drika Ferreira.

As fotógrafas Val Coe e Vanessa Gomes, estiveram na primeira edição da festa e registraram bonitos momentos de liberdade.