Jornalista acusa deputado Wladimir Costa de assédio

Na última terça (1º), a repórter da CBN Basilia Rodrigues esperava o fim do jantar de Michel Temer (PMDB) com alguns parlamentares quando avistou o deputado Wladimir Costa (SD-PA), aquele que tatuou o sobrenome do presidente. Rumores apontavam que o desenho não era permanente, mas, sim, de henna. Por isso, a jornalista teria pedido: "Deputado, o senhor pode mostrar de novo?". Em seu perfil no Facebook, Basilia relata que o político respondeu: "Pra você, só se for o corpo inteiro".

"Havia outros deputados, jornalistas e até câmeras de TV focadas nele […] Parlamentares constrangidos vieram me pedir desculpas pelo comportamento do nobre colega", publicou a jornalista na última quarta (2). "Ninguém em sã consciência realmente acha importante noticiar a tatuagem nova do deputado. Apenas pelo momento, apenas pelo contexto, apenas pela polêmica", complementou Basilia.

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) repudiou a conduta do parlamentar, considerando-a "antiética, misógina, machista e racista". "As mulheres jornalistas, em especial as negras, já estão submetidas a uma série de desigualdade e violências dentro e fora das redações que demandam de toda a sociedade atenção redobrada, ainda mais quando se trata de uma cobertura política de interesse público", publicaram. "Solidarizamo-nos à jornalista, que tem uma atuação destacada na cobertura política em Brasília, e nos colocamos à disposição para dar suporte jurídico, caso ela assim o queira."

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