O baterista de três braços

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Tecnologia

O baterista de três braços

Pode contar: dois normais, um robótico.
Rachel Pick
New York, US

E não é que engenheiros robóticos da Georgia Tech, nos Estados Unidos, criaram um terceiro braço artificial para aumentar as capacidades de bateristas?

Tu-dum-pá. Pá. Pá.

Nesse vídeo, podemos ver o braço em ação coordenando posições na bateria junto do baterista de carne e osso. "Acreditamos que, se você aprimorar humanos com tecnologia, poderemos muito mais", diz o diretor do Centro de Tecnologia Musical, Gil Weinberg. "Pensamos que a música é um ótimo meio para tentar isso."

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O braço inteligente é preso ao ombro do baterista e reage tanto aos seus movimentos quanto à música. Os pesquisadores explicam, em nota, que o robô aprendeu como o corpo humano se move e, com base nas ações catalogadas, prevê o que o baterista fará em seguida.

Eis como: se o robô sente que o baterista usará o chimbal, ele se volta para o prato de condução. Se o baterista ruma para a caixa, o robô vai para o tom. É uma espécie de complemento rítmico.

Agora a equipe está fazendo experimentos com tecnologia de eletroencefalograma. Logo os robôs serão capazes de ler as ondas cerebrais do baterista para perceber quando desejarem mudar o tempo ou posição.

O projeto, financiado pela National Science Foundation, é uma demonstração impressionante de coordenação. O robô tem que interpretar as ações humanas e traduzí-las em posição precisa na bateria por meio de acelerômetros que medem a distância entre objetos. Se o ritmo do humano diminui ou acelera, o robô acompanha.

A pesquisa é uma continuação de um projeto da Georgia Tech do ano passado em que um membro robótico havia sido criado para um homem que havia perdido o braço em acidente. O braço tinha duas baquetas, o que, claro, criava um tipo diferente de baterista com três braços. Não tão complexo quanto o atual.

O robô ainda não é nenhum John Bonham, mas tem mandado bem nas jams em laboratório. Logo mais, quem sabe, um Lars Ulrich pode usar para aumentar seu potencial, né?

Tradução: Thiago "Índio"Silva