"Não renunciarei", diz Temer
Presidente Michel Temer durante pronunciamento oficial no Palácio do Planalto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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"Não renunciarei", diz Temer

Em seu pronunciamento oficial nesta quinta (18), o presidente informou que exige "investigação plena"

Depois da delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS, à Procuradoria-Geral da República, o governo de Michel Temer (PMDB) parece por um fio. Tamanho o escândalo, o Superior Tribunal Federal autorizou a investigação de Temer na Operação Lava Jato.

Até mesmo os políticos da base aliada do governo ventilaram a renúncia de Temer. Em seu pronunciamento oficial, nesta quinta (18), Michel Temer informou que não renunciará. "No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei, sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena para o esclarecimento ao povo brasileiro".

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Temer ainda reafirmou os últimos números positivos de retomada dos empregos formais no país como parte de sua defesa frente ao novo escândalo e, como culpasse as últimas provas do processo, disse: "Todo o esforço para retirar o país da sua maior recessão pode ser inútil."

Há um ano no poder, Temer viu boa parte de seus ministros caírem depois de investigações de corrupção. Ao repetir, desde sua posse, o mantra do "não pense em crise, trabalhe" não demorou a se tornar meme (talvez sua vocação). E, na marra, diante da sua popularidade baixíssima — com 61% de reprovação no último Datafolha —, instituiu a reforma do ensino médio, da previdência e ainda tenta passar a reforma trabalhista.

Por hora, Temer segue presidente, ainda que a base aliada estude desembarcar do governo.

Atos pedindo eleições diretas estão sendo marcados por todo país.

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