FYI.

This story is over 5 years old.

Entretenimento

A Centopeia Humana é o Filme Mais Chocante de Todos os Tempos?

Todo ano aparece um filme que fez uma galera sair da sala, desmaiar nos corredores, pedir pela proibição e blá-blá-blá. E EU CAIO NESSA SEMPRE.

NÃO MESMO. Será que dá pra parar de fazer isso? Todo ano aparece um filme que fez uma galera sair da sala, desmaiar nos corredores, pedir pela proibição e blá-blá-blá. E EU CAIO NESSA SEMPRE. É por isso que assisti O Assassino da Furadeira, A Vingança de Jennifer, Albergue, Cabin Fever, Atividade Paranormal, Baise Moi, Holocausto Canibal, todos os filmes da Troma, e mais uns outros bilhões que foram uns lixos e completamente não assustadores.

Publicidade

Então aqui vai tudo o que acontece no A Centopeia Humana. Agora você não vai precisar sair pra comprar/alugar. Se você ainda assim achar que precisa assisti-lo, baixa da internet e não fala pra ninguém. Assim ninguém vai ganhar dinheiro com isso e talvez as pessoas parem de propagandear seus filmes plantando rumores de que tiveram problemas na seleção do elenco por causa do “tema muito delicado”.

O filme começa com o vilão. O diretor sutilmente transmite a maldade do cara com o estereótipo de um cirurgião alemão (soa familiar?) e fazendo com que ele faça essa cara várias vezes.

Essas duas são as protagonistas do filme. Elas são americanas viajando pela Europa e acabaram de se perder num bosque. Os telefones dela não funcionam (ah!). Nesse ponto fica óbvio que o roteiro foi escrito por alguém que tem o inglês como língua não oficial.

GAROTA 1: Roll down your window.
GAROTA 2: *GRITANDO* No! Iam not gonna just roll down my frickin’ window!

As meninas, muito sabiamente, decidem deixar a segurança do carro e se aventurar pelo bosque. Depois de serem azaradas o suficiente pra serem pegas por uma tempestade de três metros de envergadura, vão parar na casa do malévolo doutor alemão.

Ele envesga ameaçadoramente por um tempinho, depois deixa elas entrarem.

Pra qualquer um aí que faça faculdade de cinema – a imagem na parede atrás delas é o que o seu professor quer dizer quando fala “sutil mise em scène”.

Publicidade

Depois de algumas outras envesgadas (e um rápido boa noite Cinderela), as meninas acordam atadas numa cama de hospital no porão. Também tem um japonês por lá.

Enquanto envesga de uma forma ameaçadora, o doutor expõe seu plano. Com o título do filme e esse diagrama acho que já deu pra você sacar.

Aí começa uma trama secundária desnecessária na qual uma das garotas tenta fugir (acho que quando seu filme pode ser resumido em cinco segundos de cenas grotescas você vai precisar encher muita linguiça). Ela é capturada, e aí a cirurgia começa. SÓ PRA VOCÊ SABER, esse still de cima é a tomada mais explícita do filme.

E TCHARAM! Tá aí. A centopéia humana. Três pessoas de quatro, em linha, com ataduras cobrindo a mutilação implícita. Que nojento, né?

E é praticamente isso. Quer dizer, não é. Ainda tem mais uma meia hora de filme, mas você já viu o principal, então não vou me incomodar em escrever sobre o resto. A única coisa que você precisa saber é que todo mundo morre, menos a menina do meio da centopeia.

Enfim: se você demorou uma hora pra assistir Two Girls One Cup e pensou “cara, demais, mas essa coisa delas comendo podia ter ficado implícita”, esse filme é perfeito pra você. Pra todo o resto, passem longe.

JAMIE LEE CURTIS TAETE (VICE UK)
TRADUÇÃO POR EQUIPE VICE BR