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Assista: como fazer um drone salva-vidas

Itens do cotidiano foram ressignificados para agilizar o socorro em alto mar em nossa série inventada com a Petrobras.

Quantos drones você já viu hoje? Em outros tempos, essa pergunta soaria absurda. Drone? Eu? Em 2017, porém, é totalmente possível dar de cara com um desses robozinhos alados que sobrevoam a cidade, atentos a tudo e a todos. Ao contrário do que muita gente pensa, os drones não são meras câmeras voadoras. É claro que eles podem ser utilizados desta forma, mas as possibilidades inventivas vão muito além.

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Essa foi a grande sacada do terceiro episódio de Remake, série de VICE inventada com a Petrobras. Rita Wu, que já criou o próprio drone, foi atrás de dois caras referência nesse assunto: Carlão Cândido, do Mirante Lab, e o piloto Lucas Schlosinski. Apaixonados pelo universo dos drones, Carlão e Lucas têm tudo a ver com a jornada em busca de conhecimento da cena maker — e curtem pensar em novas estratégias, ferramentas e possibilidades para os robôs alados.

"O prazer da coisa é justamente inventar. Quando uma ideia fica fechada nela mesma, como essa conversa de que drone só serve para fotografar e filmar, perde a graça e vira algo de indústria. O legal é pensar em novos significados, por isso curti tanto a experiência", conta Lucas, que passou a enxergar a tecnologia da coisa toda de uma outra forma, não só na lógica das corridas. E foi com a mente aberta e atitude inventiva que ele, Carlão e Rita resolveram transformar um drone comum em um robô salva-vidas, com direito a testes na piscina e em alto mar.

A maior preocupação do trio tinha a ver com uma questão de aerodinâmica, já que o drone não consegue voar com cargas muito pesadas. Por isso, eles decidiram transformar o objeto numa espécie de boia-robótica- maker, feita a partir de objetos do dia-a-dia.

"Queríamos que o drone atuasse como um agente de resgate, mas tinha que ser algo leve e eficiente, em primeiro lugar. Não daria para carregar uma pessoa, mas talvez uma corda, por exemplo. Também concluímos que, como uma boia, ele teria que suportar o peso de uma pessoa", explica Carlão. O trio chegou a testar algumas garrafas pet durante o trabalho, mas um macarrão de piscina cortado em pequenos "braços" acabou funcionando muito melhor.

Como tudo na cultura maker, as coisas foram rolando no teste e no improviso, com poucos recursos e muita determinação. Ainda assim, Carlão explicou que a segurança do drone salva-vidas não ficou de lado. Toda a parte eletrônica do dispositivo foi isolada com uma solução especial de resina para que não rolasse nenhum contratempo na água. Além disso, o controle remoto estava preparado para desarmar a parte elétrica dos motores na hora do resgate.

Quando o robozinho pousou em alto mar, Lucas, Carlão e Rita ficaram com a sensação de dever cumprido, pelo menos dentro das limitações do dia. "Foi muito gratificante ver o resultado. Por mais que a gente acreditasse na ideia, sempre bate a dúvida. Aí você vê como é poderoso o ato de ir para a prática rápida, ou seja, colocar uma ideia em execução com o que tem ao seu alcance. Maker, afinal, tem essa questão de executar, como o próprio nome diz", lembra Carlão. Rita diz que adora projetos que a desafiam. “Eu achei o drone lindo, parece um polvo maker, dei até um apelido pra ele: ‘polvoador’. Combina com o mar.”

Saiba mais sobre a iniciativa Jornada Pelo Conhecimento em www.jornadapeloconhecimento.com.br

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