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Noisey

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #91

Lana Del Rey, Dizzee Rascal e Marcos & Belutti na playlist Só Toca Top do Spotify.

Opa.

Passou o feriado e cê nem lembrou dessa coluna né, fala ae. Mas é isso aí mesmo, feriado é viajar, ficar de boa, tomar umas gelada, tem vários outros dias do ano pra consumir colunas musicais. Então, ficamos quietos na semana passada, mas voltamos agora. Quem lançou disco semana passada, azar.

Certo? Certo.

Vamo direto pros lançamentos então e é isso aí.

----SÓ TOCA TOP----

Lana Del Rey - “Mariners Apartment Complex”
Acredito que não tenha havido uma EVOLUÇÃO nas músicas da Lana Del Rey, o que deve ter mudado foi meu apreço por elas com o passar do tempo. Por que tá um alt-folk muito do bem feitinho, coisa boa mesmo de tar se ouvindo, e é uma reação que eu tenho com os sons dela pós- Lust For Life. Não ter as batidinha eletrônica também ajudou. Bem bom.

Sofi Tukker & Pabllo Vittar - “Energia (Parte 2)”
EDM manjadíssimo, daqueles que o DJ Elieser Ambrosio sabe exatamente o ponto que ela sobe. Porém um EDM manjadíssimo que ficou legal de ouvir. Vocais, melodias, efeitinhos, tudo encaixou perfeitinho. Talvez uma versão “radio edit” ajudasse também, mas do jeito que tá tá bom sim.

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Marcos & Belutti - “100% Nem Aí”
OW. Boa demais. Os bons tempos voltaram. O povo brasileiro vai ter que aguentar o predomínio do sertanejo nas rádios e paradas de ônibus interestadual por mais um ano, no mínimo. Só Toca Top.

Aphex Twin - Collapse EP
EP que gostei bem de ambient malucão instrumental. Não há mais o impacto do estranhamento porque é a mesma coisa que o cara já fazia há 20 anos atrás, mas pra mim está tão bom quanto (20 anos atrás).

Dizzee Rascal - Don’t Gas Me
Som bom hein meu. Som bom. 90% Grime, base EDM gravão lindo, sotacão inglês, tudo perfeito. No meio tem aquele 10% Trap (“Money Right”) que pra que né. Mas mesmo com o Trap é EPzão top total. TOP. Só Toca Top.

Paul Weller - True Meanings
Foi um disco bem bom de tar ouvindo. Brit-rock só no violão, só melodia tranquilinha, umas orquestrações encaixando bonitinho, Paul Weller mó voz, tudo lindo. Acho que tem um nome específico pra esse estilo “brit-rock só no violão”. Eu tô com “standards” na cabeça, mas não é esse o nome não, quem souber depois me fala. Enfim, disco bom.

----OUTRAS BOAS QUE TEVE ESSA SEMANA----

Gorillaz - “Tranz”
Boa música. Mas os cara tipo lançaram disco agora. Porque que não botaram no disco? Porque só agora? São questões que, realmente, não interessam a ninguém. Eletrozinho maneirinho com o vocal do Damon. Tá boa.

Soulfly - Dead Behind The Eyes
EP de 3 músicas que é o seguinte. Tá lá o thrash que legal que é o thrash adoro thrash, mas é o seguinte (insisto no “seguinte”): o Roots do Sepultura tá aí, é um marco é bom demais, tálkei? Tálkei. Mas toda a tentativa posterior de juntar metal com música folclórica, de trazer as #raízes #culturais, todas ficaram bem tosquinhas. E o Max tá nessa até agora. Botar um batuquinho, um canto indígena, e só deixar farofento o negócio. A única faixa que não teve isso foi “Evil Empowered”, logo ela foi a melhor que teve mesmo. Mas fica como um bom EP apesar dos pesares.

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Ciara - “Dose”
Dá pra voltar pros 2000 com esse som aí. Pop R&B no nível do Goodies (o que tem o “1,2 Step”). Bom de tar ouvindo.

Róisín Murphy - “Jacuzzi Rollercoaster”, “Can’t Hang On”
Duas faixas que ok, legalzinhas. A primeira faixa mais na ondinha disco-punk, a outra no house velho de guerra (curti mais essa). Não há grandes atrações nas músicas além do fato de serem da Róisín. Mas enfim, boazinhas.

MC Rebecca - “Quico e Sensualizo”
Fui informado pelo DJ e digital influencer André Paste que a MC Rebecca agora é cast Kamilla Fialho. Parece que vão seguir a aposta de fazer um mezzo proibidão que em algum momento vão ter que fazer uma versão diferente pra tocar na rádio e na TV. Escolha deles, quem sou eu pra questionar. Funk de alta qualidade o batidão gravão aí. É boa sim. Olho nela.

Mumuzinho - “Eu Mereço Ser Feliz”
Agora que o Thiaguinho decidiu só lançar som caído, e o Ferrugem tá nessas aí desses negócio aí que melhor num falar muito, sobra pro Mumuzinho carregar nas costas o gênero pagodão-alegria. Eu confio em você hein Mumuzinho. Num vai dar mancada.

Django Django - “Swimming at Night”
Electro bobildo mas que tem o seu charme exatamente aí na bobice. Vamo ver se me faço ser compreendido. É um som “brincando de Hot Chip”. Sai um Hot Chip bobildo, o que é melhor que não sair Hot Chip nenhum. Gostei de tar ouvindo sim.

Kurt Vile - “Bassackwards”
Alt-folk de desnecessários nove minutos e quarenta e seis segundos de duração. Segurando na mesma base. Por nove minutos e quarenta e seis segundos de duração. Uma base até legal, mas pelo amor pra que isso. Vou deixar na lista de boas porque sou um cara legal.

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Sleigh Bells - “Holly”
O som distorcidaço deixa a música muito mais interessante. Mas no fim das contas é só um rock bobinho. Mas beeeem distorcido o som.

----AS OK SÓ----

Fabio Brazza - “Jurei/Odin”
Jovens, algo importante aqui. Minha geração perdeu essa batalha, mas vocês tem a chance de construir um país e, porque não, um mundo melhor. Então é o seguinte: vai encontrar a #turma na pracinha? Juntou uma galera e vai passar o fim de semana na praia? Deixa o violão em casa. Deixa lá. Nada de bom vai vir desse teu violão no meio da roda de amigos. Vai encontrar a #turma na pracinha? Juntou uma galera e vai passar o fim de semana na praia? Guarda teus improviso num papelzinho. Serião mesmo. Dito isso, agora sobre a música: é um rap aí com base de violãozinho. Até ok. Comecei prestando atenção na letra aí começou a me incomodar, aí parei de prestar atenção na letra. Não prestando atenção na letra a música rola melhor, achei. Ok.

Kevinho & MC Kekel - “O Bebê”
O Kekel traz um #ar de funk melody dos anos 90, acho que pelo fato da voz e do jeito de cantar lembrar bem o Buchecha, só que as batidas e os timbres tão bem fraquinhos e prejudicaram bem a experiência. No somatório fica uma música OK, mas que tinha maior potencial (graças unicamente ao MC Kekel).

Mariah Carey - “GTFO”
R&B com uma modernizadinha no som. Sinceramente não me conquistou não. Ao menos a voz da Mariah continua show. Mas dá pra melhorar esse som aí. Okzinha.

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Richard Ashcroft - “Surprised by the Joy”
Baladinha de violão que ok, nada de mais, nada de novo, mas ok. Sei lá se tem muito pra falar disso aí.

The Ting Tings - “Blacklight”
Meteram uma base de drum ‘n bass do final dos anos 90 que realmente eu não entendi o que que quiseram fazer aqui. A mina cantando é legal e pá, mas esse drum ‘n bass “tem que viver, valer, viver…” não desceu não. Okzinha.

----AS QUE REALMENTE NÃO DEU----

The Black Eyed Peas - “Big Love”
Nas últimas semanas acredito ter falado sobre a melhora nos sons do BEP, porém lembrando do potencial que o Will.I.Am tem pra farofar tudo. Pois bem, F-A-R-O-F-O-U. Farofas ao luar. Refrão cafonaço. Pianinho do Eminem. Coralzinho com palminha. Puta farofada. Nem o grave de car bass salvou isso aqui, Deus do céu.

The Smashing Pumpkins - “Silvery Sometimes (Ghosts)”
Ah mano. Sinceramente e resumidamente: cai no golpe quem quiser. O que eu tenho pra comentar é isso.

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