Esta matéria foi originalmente publicada naVICE Espanha.No dia 1º de outubro de 2017, milhares de catalães participaram de um referendo de independência, uma votação que o governo e os tribunais espanhóis consideraram inconstitucional. Ainda assim, no dia do referendo, a polícia espanhola usou cassetetes e balas de borracha em frente a várias zonas eleitorais numa tentativa de impedir os catalães de votar. Quando as urnas foram fechadas, 844 pessoas e 33 policiais estavam feridos.
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Desde então, o presidente da Catalunha Carles Puidgemont prometeu que a região vai declarar independência, enquanto o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy declarou que o governo fará todo o possível para impedir a separação do território. Em resposta a tensões crescentes, manifestações pró e contra o referendo estão acontecendo em toda a Espanha.No domingo (8), aconteceu o último desses protestos, com pessoas saindo às ruas de Barcelona para apoiar uma Espanha unida. Os organizadores do evento, a Societat Civil Catalana (SCC), disse que 950 mil pessoas participaram da manifestação, mas a polícia local diz que o número estava mais perto dos 350 mil.
Diego e Carolina.
O evento foi batizado de "O Movimento da Maioria Silenciosa" — uma tentativa de ir contra a ideia de que a maioria dos catalães querem a independência. No protesto, conversamos com o casal catalão Diego e Carolina, que informaram estar insatisfeitos com como só um lado parece representar toda a Catalunha. "Devemos ouvir as opiniões de todos os catalães, não só de alguns", disse Carolina. Noelia, que mora em Valência, mas cuja família é da Catalunha, diz que a tensão chegou a um ponto na Espanha que agora sua família "tem medo de andar na rua com uma bandeira espanhola".Enquanto a manifestação passava por uma das principais praças de Barcelona, a Urquinaona, na conhecida Via Laietana, as pessoas gritavam frases como "Puidgemont na cadeia" e "Vocês não me enganam, a Catalunha é Espanha". O evento também atraiu pessoas de outras regiões, com ônibus cheios de manifestantes pró-união chegando de cidades como Madri e Valência durante o dia.
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Veja mais fotos abaixo.
Noelia.
Cristina culpa tanto o governo espanhol quanto o catalão pelo problema.
Lidia disse que estava protestando contra os muitos grupos tentando criar tensão entre Espanha e Catalunha.
"Uma Espanha unida é uma Espanha melhor", disse Harsh (esquerda). "Hoje é o dia em que saímos às ruas e provamos que somos maioria", acrescentou Sonia (direita).
Um manifestante fazendo a saudação fascista.
Manifestante com um cartaz dizendo "tão espanhol quanto a bandeira espanhola" e "tão catalão quando a bandeira catalã".
