Este artigo foi originalmente publicado na VICE US.Fantasmas, espectros e o oculto têm fascinado fotógrafos desde o início da história da fotografia. Mais de um século antes da manipulação digital, houve várias tentativas de usar o meio para provar a existência de fenómenos espirituais. Imagens antigas variam desde as representações de fantasmas, bolhas que parecem fantasmas e representações abstractas de espíritos em raio-x, cianotipia e outros materiais sensíveis à luz. Em 2005, o Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, EUA, apresentou a exposição The Perfect Medium: Photography and the Occult e o livro correspondente, sobre fotografia oculta desde os anos 1860 até 1940, um período em que a fotografia era muito usada como "prova" do mundo espiritual.
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Em criança, antes de me apaixonar por fotografia, os filmes de terror moldaram muita da minha linguagem visual e da forma como construía narrativas. Acima de tudo, abriram caminho à minha mais recente obsessão por imagens sobre o oculto - qualquer coisa, desde representações de fantasmas e auras ao mundo anti-natura do simbolismo espiritual e o desconhecido mítico (Incluía até montagens falsas de imagens de sangue e entranhas).Para o Halloween, décadas depois do mundo digital, compilei 31 fotografias contemporâneas, que vão de aparições, a matéria negra e bruxaria, como metáforas do nosso clima político actual. Enquanto muitas delas assentam no estilo clássico da fotografia espiritualista, também vêm de uma aceitação antiga de que a a fotografia falha na representação da sua existência e - muitas vezes com altas doses de ironia auto-consciente - funciona mais como um teatro, do que como uma tentativa real de provar que os fantasmas existem.
@annamorgowicz
@ellenjantzen
@wendygiven
Carla Jay Harris, Teresa Cooper Diptych 1905
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