Coisas que achamos nojentas na gente mas nossos parceiros adoram

Esta matéria foi originalmente publicada na VICE UK.

Olha: todo mundo tem alguma coisa em si que acha nojento. Quem nunca mencionou que algo estava fedendo, só para cheirar o próprio sovado e ver que era você, ou recebeu sexo oral e pensou, enquanto um dia de suor era limpo da sua genitália com a língua, "Melhor você que eu, colega"?

Mas acontece que às vezes uma coisa que achamos nojenta em nós é bem excitante para nossos parceiros ou amantes. Aqui vão algumas dessas coisas. Alguns nomes foram mudados por razões óbvias.

VICE: Fale uma coisa nojenta em você que seu ex achava atraente?
Grace: Cresci no interior e a gente tinha cachorros, galinhas, gatos, tartarugas e um cavalo, e eu costumava pegar muita frieira dos animais – acho que principalmente do cavalo. Meu ex era fascinado com isso – ele gostava de coçar as feridas e cheirar.

Quê? E como você se sentia?
Era algo perversamente romântico na minha cabeça – eu achava que a gente estava tão apaixonado que até minhas frieiras eram atraentes para ele. Éramos jovens e todo mundo era bonito, então talvez a atenção dele era mais capturada pelas coisas nojentas? Mas aí conheci a ex dele e descobri que ela era obcecada com infecção de fungos, então talvez isso tivesse mais a ver com ela do que comigo.

Ele tinha uma espécie de fascinação com fungos de garotas do interior?
Ele era da cidade, então talvez. Na verdade acabamos de voltar.

Eita. Ele voltou pelas frieiras?
Não estou com frieira atualmente, mas acho que isso vive embaixo da sua pele para sempre.

VICE: Qual a sua história de atração não convencional?
Lea, 24 anos: Sou uma garota – por falta de uma palavra melhor – peluda. Odiava especialmente minhas costeletas e, a vida inteira, costumava descolori-las — até que conheci meu ex-parceiro, que era obcecado por elas.

Como ele mencionou isso?
Era o começo do namoro, estávamos assistindo TV na cama juntos quando ele começou a tocar o lado do meu rosto, aí disse alto "Eu amo suas costeletas". Fiquei mortificada! Quase fui embora para casa.

Ele chegou a te dizer de onde vinha esse amor?
Não sei – achei que era estranho pacas, mas ele insistia que elas eram lindas e faziam meu rosto mais macio. Ele fazia carinho nelas sempre que tinha chance. Às vezes eu pensava se ele gostava mais das minhas costeletas que do resto do meu rosto.

E agora você voltou a descolori-las?
Não verdade não! Ainda não vejo isso como uma característica atraente, mas aceitei minhas costeletas um pouco melhor, acho.

VICE: O que você acha nojento em você que seu amante acha atraente?
Nellie, 21 anos: Na verdade, era eu que achava uma coisa nojenta atraente. Meu primeiro namorado tinha quebrado as duas clavículas quando era mais novo e eu era obcecada em enfiar meus dedos atrás delas.

Desculpe, como?
Os ossos não tinham se curado direito, então ficaram ligeiramente levantados? Não sei exatamente a ciência por trás disso, mas eu conseguia segurar as clavículas com os dedos, o que eu achava muito sexy, especialmente durante o sexo.

Por quê?
Parecia algo muito íntimo – eu estava dentro do corpo dele, dentro do seu esqueleto.

VICE: OK, manda.
Hamed, 26 anos: Acho que não é tão incomum assim, mas adoro espremer os cravos e espinhas das minhas parceiras – quanto mais nojento melhor. Minha esposa tem dois cravos recorrentes em baixo da têmpora, na bochecha, e eu amo espremer o pus e mostrar para ela. Ela aceita mas acha nojento, então sempre tenho que convencê-la a me deixar espremer.

Qual é a atração disso?
Eu tinha acne quando era adolescente e espremia todas as pontas brancas – eu gostava muito das manchas que ficavam no espelho, tipo uma cena de crime com pus. Talvez seja uma ressaca da minha pele fodida na adolescência.

Quão profunda é essa obsessão?
Eu amo espremer espinhas. Adoro inspecionar o pus depois – e se tem um pelo ali, melhor ainda.

Isso tem um lado sexual?
Não, é só uma sensação profunda de satisfação. Tipo, não me sinto sexualmente atraído por pessoas com acne e não fico assistindo vídeos no YouTube com extrações de cistos e coisas assim. Isso tem mais a ver com preliminares – a persuasão e a confiança envolvidas no ato.

Qual seu conto nojento de amor?
Emma, 30 anos: Como mulher negra, geralmente percebo que todo garoto branco com que fico adora lamber meu cu por várias razões. Sei lá quais. Mas teve um cara que levou a coisa do cunete a outro nível.

Como assim?
Ele era obcecado por isso, e quanto mais, digamos, perfumado, mais ele parecia curtir. Tipo, se eu não tivesse tomado banho no dia anterior, ou se ele vinha passar a noite e eu estava super suada.

E você curtia também?
No começo eu pensava "OK, tanto faz". Mas acabei tendo que dizer a ele que era gostoso e tal, mas eu não curtia tanto assim brincadeiras anais. Com o tempo fui ficando com muito nojo disso e acabei terminando com ele.

A pergunta mais importante? Você beijava ele depois?
De jeito nenhum.

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