As melhores imagens da Marcha das Mulheres em Washington...e em Lisboa

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Viagem

As melhores imagens da Marcha das Mulheres em Washington...e em Lisboa

A fotógrafa Meryl Meisler captou momentos de solidariedade, esperança e humor na Marcha de sábado na capital norte-americana. Juntámos-lhe as fotos de Bruno Lisita, obtidas na capital portuguesa.

Este artigo foi originalmente publicado na VICE USA e editado pela VICE Portugal, com as imagens captadas pelo fotógrafo Bruno Lisita, em Lisboa.

Os autocarros da Congregation Beth Simchat Torah (a maior sinagoga LGBTQ do Mundo) viajaram de Nova Iorque para Washington DC por entre um nevoeiro cerrado. No caminho, os passageiros foram partilhando histórias pessoais de anteriores protestos e acções pela justiça social e dissertando sobre as razões pelas quais iriam participar na Marcha das Mulheres em Washington. Ao chegarmos ao quartel-general da American Federation of Teachers, fomos rapidamente "engolidos" por um mar de gente, que inundava todas as ruas adjacentes. O Washington Mall, à partida fora dos limites para os manifestantes, estava repleto.

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Viam-se cartazes feitos à mão por toda a parte. Criativos, mordazes e humorísticos. Pessoas de todas as proveniências e estilos de vida queriam que a urgência das suas preocupações fosse vista e ouvida. Não faltavam os bonés "pussy cat" cor-de-rosa e sentia-se uma energia incrível no ar.

A dada altura reparei num grupo pequeno grupo instalado numa zona de relva, afastado da multidão. Eram os "Bikers for Trump". Cerca de 30 elementos, à volta de um músico que tocava "covers" em cima de um palco improvisado. De repente, os motoqueiros começaram a entoar "USA! USA!", em resposta aos marchantes que gritavam "This is what democracy looks like!".

Ao subirem a Pennsylvania Avenue e ao passarem pelo fortemente patrulhado Trump International Hotel, os manifestantes mostraram-se mais zangados e os protestos subiram de tom. Mais adiante, vislumbrei três rapazes com bonés de Trump. Fotografei-os, desejei-lhes um bom dia e eles responderam da mesma forma. Podia ter ficado por ali o dia todo, a multidão parecia não ter fim. No entanto, era altura de regressar ao autocarro. No regresso a Nova Iorque, todos estavam encantados e revigorados pelo que tinham acabado de viver e pelas notícias de que milhões d pessoas em todo o Mundo participaram nas mais de 600 marchas-irmãs. É um começo.

Abaixo podes ver as fotos de Meryl Meisler. Podes ver outros trabalhos da fotógrafa aqui.

Abaixo podes ver as fotos de Bruno Lisita, relativas à Marcha das Mulheres, em Lisboa.

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