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Esta música que Father John Misty escreveu para "A Star Is Born" devia ter entrado no filme

O músico norte-americano disse num concerto que "realmente não havia espaço no filme" para o tema. Está enganado.
Drew Schwartz
Brooklyn, US
Father John Misty

Este artigo foi originalmente publicado na VICE US.

É quase calunioso dizer que se podia melhorar a banda sonora de A Star Is Born, visto que está repleta de músicas tristes incríveis atrás de músicas tristes incríveis. Mas, ao disco quase perfeito falta qualquer coisa.

Precisa de mais uma música lenta na veia de “Maybe It's Time”, algo cru e lento que se entranhe e que Jackson Maine cante sozinho, numa sala mal iluminada, acompanhado apenas de uma guitarra. Precisa disto:

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Pelos vistos, Father John Misty escreveu uma música para A Star Is Born (Assim Nasce Uma Estrela, na versão portuguesa) que não entrou no filme. Mas, no domingo, a Vulture revelou que na sexta-feira, 14 de Junho, o músico norte-americano honrou o público do seu concerto em Minneapolis com a balada sem título.

E FJM parece estar feliz por a música não ter chegado ao grande ecrã. "Não ia ficar bem", disse. E acrescentou: "Eu vi o filme. Realmente, não há espaço naquele filme para esta música, a menos que ele estivesse a bombar no Coachella ou assim. Na sequela? Agora sim, estamos a fazer sentido".

Mas, nunca haverá uma sequela de A Star Is Born. Pelo menos não uma que inclua Jackson Maine. E, de qualquer maneira, FJM está completamente errado: a sua música seria perfeita. A Star Is Born precisa desesperadamente de mais um número acústico para compensar todos aqueles pesados, de alta energia ("Out of Time", "Álibi", "Diggin 'My Grave") e completar "Maybe It's Time". Esta é essa música. É linda, Father John Misty vintage, uma música que parece que podia ter entrado em Vacilando Territory Blues, um álbum criminosamente subestimado, no qual ele escreve e canta directamente das entranhas. E quando, no refrão, Misty entra em modo totalmente country - "When a man done lost all his pride", tipo Waylon Jennings reencarnado - é fácil imaginar Jackson Maine a cantar essas palavras.

Não me interpretem mal: A Star Is Born é quase imaculado e, com duas horas e 14 minutos, já é suficientemente longo. Mas, se é para lançarem uma versão mais extensa, cheia de versões ainda mais longas das músicas que já ouvimos, por favor Bradley Cooper… Dá-nos qualquer coisa nova. Dá-nos a faixa bónus que tão desesperadamente desejamos. Dá-nos Jackson Maine a fazer o seu melhor Father John Misty.


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