Ilustrações do que o brasileiro coloca no hot dog
Ilustração: Luiza Formagin/ VICE

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Ilustrações do que o brasileiro coloca no hot dog

Uvas-passas, farofa, pasta de alho e outras ousadias nacionais.
LF
ilustração por Luiza Formagin

Estima-se que o brasileiro foi agraciado com a presença do cachorro-quente no final da década de 20. De lá pra cá, o combo envolvendo pão e salsicha evoluiu mais que o Pokémon. Na sanha de matar a mais braba das laricas, pode-se dizer que somos capazes de tudo, não só de misturar ketchup e mostarda com uvas-passas no recheio do sanduba originalmente alemão, mas até mesmo de contestar os ingredientes alheios. Como prova, está o purê de batata, item obrigatório para os paulistas que provoca arrepios nos cariocas.

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A dimensão geométrica e populacional do Brasil permite ainda regionalismos curiosos. Por isso, listamos alguns tipos de cachorros-quentes que fazem sucesso em alguns estados. Uns são tradicionais, outros nem tanto. O critério foi a peculiaridade. Saque abaixo as ilustrações e os ingredientes do famoso dogão país afora.

Ilustração: Luiza Formagin/ VICE

SUDESTE: Rio de Janeiro

Chega a causar indignação e revolta em determinados comedores de hot dog o fato de alguns lugares no Rildy disponibilizarem uma fruta seca como opção de complemento do recheio, mas é verdade. A uva-passa é um item comum no cachorro-quente dos fluminenses. Assim como o pequeno notável ovo de codorna. Ainda que coadjuvante, o vinagrete também dá as caras.

Ilustração: Luiza Formagin/ VICE

NORDESTE: Paraíba

Não só no estado da Paraíba, mas em muitos outros lugares do Nordeste o uso da carne moída é essencial na feitura dessa refeição tão descontraída, que não só anima as festas de aniversário das crianças como também do jovem bebum que sai faminto do rolê noturno. Muita vezes, a carne leva temperos mais específicos da região, como o polêmico coentro.

Ilustração: Luiza Formagin/ VICE

CENTRO-OESTE: Distrito Federal

Não é regra, mas é muito fácil comprar um hot dog pelas ruas da cidade de Brasília com pasta de alho, que pode ser feita com creme de leite, maionese, requeijão ou manteiga. Além de dar uma encharcada no contato da salsicha com o pão, a pasta traz um brilho de acidez pro dog. Será que o presidente já dropou um? (Se bem que alho afasta vampiro…)

Ilustração: Luiza Formagin/ VICE

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NORTE: Amazonas

Se você for comprar um cachorro-quente em Manaus, capital do maior estado do país, sem querer parecer um turistão, precisa falar: "Um kikão, por favor". Lá, além dos ingredientes mais comuns, rola também uma pegada estrogonófica, já que o molho vem com creme de leite. Estrelando o quesito "aventura", surge o repolho no recheio, verdura muito conhecida por provocar gases no ser humano.

Ilustração: Luiza Formagin/ VICE

SUL: Paraná

É sustentavelmente chocante pensar que no sul do país as pessoas jogam a brasileiríssima farofa no hot dog? É. Não encontramos explicação para isso, a não ser que o lema culinário em todo o território nacional é, sem dúvidas, a ousadia.

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