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Noisey

O rapper baiano Deds fala do inferno do crack no seu novo clipe

Com direção de Francini Ramos, “Cracking” usa o clima de VHS caseiro para retratar a violência do tráfico e do uso da droga.

"Já viu um animal morrendo por envenenamento? Um ser agonizando antes de morrer? A cena é muito similar. O único fator diferencial é que o indivíduo continua vivo", dispara o rapper soteropolitano Deds sobre a temática de "Cracking". No clipe que o Noisey estreia nesta quarta (8), ele busca retratar de modo fiel as consequências violentas dessa impiedosa droga, e em parceria com a diretora e roteirista Francini Ramos, chegou-se a um misto de trap, hardcore e horror. A abordagem não se difere de "Salraq", outra música sua. Ambas retratam a vida marginalizada, a violência urbana, o tráfico e o consumo de entorpecentes.

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Em suas letras, Deds contextualiza tais realidades num tom ácido e incômodo. "O verdadeiro resultado que almejo é impulsionar uma reflexão", diz ele. "Quando vemos notícias de usuários de crack fazendo alguma barbaridade, isolamos da nossa concepção que ele é um ser humano fora de seu estado normal. Só apontamos o dedo e queremos a cabeça do 'monstro crackudo'." Irônico que, no dia da gravação, enquanto eles esperavam o ônibus no ponto, presenciaram uma mulher em situação de rua tendo abstinência de droga.

Leia a íntegra desta matéria no Noisey.