A música eletrônica e a música pop se misturam o tempo todo, mas há algo de diferente no escopo dos produtores undergrounds que a Rihanna vem cativando ao longo dos anos. Desde singles até deep cuts, passando pelas favoritas dos fãs, escolhemos dez remixes eletrônicos excelentes e diversos da discografia da Rihanna, que — incrivelmente, aliás — já datam de mais de uma década. Depois nos avise se deixamos algo passar batido.
“Loveeeeeee Song (DJ Sliink Jersey Club Remix)” feat. Future
O Unapologetic supostamente teve sete (!) singles, sendo por este emotivo “Loveeeeeee Song” o quarto deles. O que você quiser, Def Jam — é definitivamente uma faixa do álbum, mesmo não tendo um vídeo sem som no YouTube. De qualquer forma, o legado da RiRi a declarou um ponto alto logo depois do disco ser lançado, levando o pilar fundamental do clube Jersey, DJ Sliink, a remixar uma música que provavelmente nunca nos cansaremos de ouvir, sendo ela “single” ou não. Essa aqui é atemporal e volta e meia me vejo ouvindo de novo.
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“Cockiness (Jonas LR Remix)”
“Cockiness”, uma das faixas icônicas da Rihanna, de fato merece esse remix com uma pegada garage house. Ouvi pela primeira vez numa mix do Kaytranada, que aliás, eu duvido muito não ter contribuído enormemente para eu continuar ouvindo esse som até hoje. Esta faixa está presente num set funk-house do Kaytra, mas suas influências britânicas também brilham em sua batida 4/4. Faz total sentido — o Jonas LR é de Leeds, em Londres. E num twist meio adolescente, ele demonstra um escalonamento moderado ao se fixar Naquela Letra (que você bem sabe qual é) até o ato final do remix.
“Stay (Branchez Bootleg)”
Essa aqui bombou em 2013. Branchez transformou a faixa original — uma música pop meio triste — em uma baladinha trap-pop incrivelmente eficaz. Se a mídia refletisse o que a molecada de fato ouve, este remix tocaria nas rádios sem parar.
Poor Sport – “RiRi RN” (remix of “Right Now”)
Um ano depois do lançamento do Unapologetic, o Ynfynyt Scroll e AiR DJ lançaram a segunda compilação da label Track Meet — que estão disponíveis aqui num esquema “pague-o-quanto-puder”. Em uma faixa de destaque que chega ao fim devido a falta de letra (bem rápido, diga-se de passagem), Poor Sport transforma esse nhênhênhê vago do EDM criado pela Rihanna em uma indefinível música de balada agitada.
90s Nick – “Take It Take It (Love Me Love Me)” (remix of “Rude Boy”)
Essa aqui é nada mais nada menos do que apocalíptica. A vibe é: zuar até o fim do mundo, curtir a noite ao máximo como se fôssemos morrer jovens. Respirar fundo durante os poucos segundos que a música te permitir — relaxa, vai dar tudo certo.
Total Freedom – “Pepsi Song/Slave Song About Nothing” (remix of “American Oxygen”)
“American Oxygen”, uma música que foi um single do ANTI por um minuto e que nunca mais deve ser lembrada, não deu muito certo porque parecia que tinha uma turbina de vento ligada dentro do estúdio enquanto o disco era gravado. O Total Freedom de Nova York pegou este conceito e o transformou em algo maior, desconstruindo a música quase que totalmente e acoplando ruídos metálicos com percussões dissonantes que me fazem conferir minhas abas abertas o tempo todo. Este território não é novo para ele, porém — Total Freedom tem outra faixa incrível que faz um mashup com “Where Have You Been” da produção de Bangladesh da faixa “Cockiness”.
“Bitch Better Have My Money (Divoli S’vere Remix)”
“BBHMM” sempre terá um espacinho no coração do público, e também foi consagrada com incontáveis remixes, tendo alguns deles feito muito sucesso. Porém apenas um é digno de uma trilha sonora esmagadora de uma puta treta numa balada, e é o remix do Divoli S’vere para o GHE20G0TH1K, o pioneiro novaiorquino das baladas, o Venus X.
“Pour It Up (RL Grime Remix)”
O RL Grime seleciona a partir do seu repertório máximo de trap para amplificar o original comparativamente moderado, adicionando alguns trechos de médio comprimento para dar aquele toque especial. Às vezes você só quer aumentar muito, mas muito o som. Escolhemos três comentários feitos no SoundCloud, onde esta faixa já tem 4,5 milhões de reproduções: “Por que não encher a cara esta noite”, “antecipando a batida” e “eu amo esse trecho, cara, juro”.
“Diamonds (Jerome LOL Edit)”
Chamar esta aqui de edit é algo meio modesto. Aqui, o Jerome LOL de Montreal acelera uns trechos chave da letra e os cerca com uma percussão de jazz lounge e um sample picado dos synths com uma pegada de piano que definiram a faixa original. É algo parecido com club music, mas sinto como se a gente devesse se sentar um pouco — é house music para uma tarde agridoce.
“Don’t Stop The Music (KW Griff Remix)”
Sabemos que o Griff é conceituado não só em Baltimore, graças a sua “bomba das pistas” que o Fade To Mind relançou em 2012, mas vasculhar os links quebrados do Blogspot de música pré-2010 também revela a existência desse remix deixado de lado. Por enquanto está disponível apenas no Vimeo como parte de uma visualização de catálogo de um VJ, e apesar de ser um remix bem prafrentex de Baltimore, isso não me faz ter menos vontade de ouvir.
Josh está no Twitter.
Tradução: Stefania Cannone
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