Prelude
Five Fold AD Bourke seria há já algum tempo um produtor a manter debaixo de olho: quando um italiano compõe beats abstractos de hip-hop, honrando a melhor escola Anti-pop Consortium, e lhes atribui títulos como “Interlude Ultimo” ou “Corviale”, o mundo deve prestar-lhe o tipo de atenção que merece um Del Piero ou um Andrea Pilro. Assim era numa muito reveladora
A Treble O Beat Tape
, lançada em 2008, mas nessa altura AD Bourke estaria apenas a aquecer. Entretanto o italiano foi mantendo uma caminhada de passos seguros, que chega agora a
Prelude
, o EP que não só marca a estreia da recém-formada label britânica Five Fold, como também coloca AD Bourke entre os produtores de que mais esperamos em 2014.
Com um colorido raro num EP,
Prelude
consegue satisfazer expectativas e ainda infiltra uma surpresa que cai do céu para assentar na segunda faixa. A primeira garantia surge com o baixo irrequieto, que coloca o “S” vermelho no peito
funky house
da fabulosa malha “Prelude”, enquanto, logo depois, o imprevisível acontece com a maravilha ao piano que é “Astral”. Bastava a finta destes dois temas para que AD Bourke nos deixasse sentados no chão e a vê-lo a correr para o golo de um muito apetecível EP, mas ainda sobram “Equinox” e “A Night in Almeria” para provar que este italiano percebe bem como transformar os sintetizadores nos melhores companheiros para uma insónia interminável.
Five Fold AD Bourke seria há já algum tempo um produtor a manter debaixo de olho: quando um italiano compõe beats abstractos de hip-hop, honrando a melhor escola Anti-pop Consortium, e lhes atribui títulos como “Interlude Ultimo” ou “Corviale”, o mundo deve prestar-lhe o tipo de atenção que merece um Del Piero ou um Andrea Pilro. Assim era numa muito reveladora
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