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High Country

Matt Ellis não fuma bagulho. Ele não gosta de ficar chapado. Aquela peculiar paranoia é o suficiente para que ele não queira usar a droga. Mas isso não quer dizer que ele não aprecie — ou mesmo precise — de maconha.

“No final das contas, é uma questão de fazer dinheiro”, diz Ellis. Sua companhia de extração de biomassa localizada em Denver é uma entre as muitas surfando na onda da inovação tecnológica e acompanhando a marcha da legalização de pequenas quantidades da erva para uso recreativo nos estados do Colorado e Washington. “Quer dizer, quero ajudar as pessoas, não me entenda mal”, ele me disse, referindo-se à indústria da maconha medicinal, repleta de novos e difusos baratos de cannabis concentrada que sua empresa, a ExtractionTek Solutions, está prestes a capitalizar. “Mas temos que ganhar a vida.”

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Esse é um bordão cada vez mais comum por aqui. Não há lugar no mundo como o Colorado, que acabou de estabelecer os fundamentos do primeiro mercado regulado, taxado e legal de uso recreacional de maconha. Quando a Emenda 64 entrar em vigor, em janeiro de 2014, adultos maiores de 21 anos do estado poderão comprar, legalmente, até 28 gramas de erva em farmácias licenciadas. As pessoas também poderão cultivar até meia dúzia de plantas de cannabis, desde que apenas três estejam florescendo a cada momento.

Num lugar onde tecnologia, política, economia, ciência e a busca pela felicidade colidem no último e maior vaporizador, as conversas sobre um Vale do Silício da Maconha nunca soaram tão sensatas quanto hoje. Há fortunas a serem feitas no negócio da chapação.

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