Não existem limites para a imaginação musical da Wil-Ru Records

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Eric Adrian Lee giallo Contudo a conversa que se segue não faria sentido se contornasse o que mais importa na Wil-Ru Records: o seu gigante caudal de música maioritariamente electrónica e aqui e ali perdida nos mesmos labirintos da memória por onde costumam andar os iluminados Boards of Canada. Em termos de pessoal envolvido, a Wil-Ru funciona como um núcleo familiar (Eric Adrian Lee, Steve Harmon, Brian Grainger, Davis Hooker) que não teme em estender a mão a novos produtores oriundos de outras cidades americanas e até mesmo da Europa (como é o caso de  Koolmorf Widese). Uma label, que se expande desta forma, acaba por ser coesa, ao mesmo tempo que aglomera discos focados em géneros tão diversos como a ambient, a acid, a dub-techno (os álbuns de Ohrwert e Lamont Kohner são escutas obrigatórias) ou a pop barroca reminiscente dos anos 60. Não temam clicar nas pistas que fomos deixando pelo meio de uma conversa que é extensa. Tão extensa como o alcance da imaginação da magnífica Wil-Ru Records.  



VICE: Com tanta coisa a acontecer em Portland, sentes que a agitação artística da cidade influencia a dinâmica da Wil-Ru?
Eric Adrian Lee:  Sei que és um grande admirador de filmes giallo e de compositores italianos. De que maneira és influenciado por essas duas paixões nas decisões que tomas na Wil-Ru? giallo giallo label giallo artwork Mid-Atlantic Gothic
Também existem referências muito deliberadas ao giallo no LP de Ozarks. Uma vez que toco nos Ozarks com o meu bom amigo Robbie Augspurger, e ambos somos devoradores de giallo, tornou-se natural divertirmo-nos com isso no artwork e vídeos do álbum. Repara que a folha, no interior do LP, tem a seguinte frase em letras garrafais: “Il tuo vizio è una stanza chiusa e solo io ne ho la chiave” (o título de um giallo de 1972 realizado por Sergio Martino). Neste último ano tenho desenhado para uma editora europeia chamada Giallo Disco. Os discos soam exactamente ao que esperas: horror disco com uma forte influência italiana. Trabalhar com o Anton (Antoni Maiovvi) e o Gianni (Vercetti Technicolor) satisfez certamente a minha vontade de incorporar a estética do giallo nas capas dos discos. A música que eles estão a lançar é excelente também! Sinto-me bastante entusiasmado e honrado por estar envolvido. A Giallo Disco é um exemplo claro de uma editora em que o giallo se cruza com a música electrónica moderna.



Diria que existe um desafio muito próprio na iniciativa de lançar um maxi-single como Sleepless (a muito generosa cassete de Biathalon com cinco remisturas). Como descreverias o processo de selecção de produtores para remisturar o original?
Sleepless Sleepless Há qualquer coisa de drum ‘n’ bass na remistura de Gold Coast que me conquistou e fez com que “entrasse” de vez na cassete. Quando estás a avaliar o que deve ou não ser lançado na Wil-Ru, qual é o tipo de característica que te deixa de “pau feito” e te leva a pensar que é mandatório pegar nesse material? Hash-Bar Loops Devo dizer que não sei muito sobre o Cliff White. Podes falar-me um pouco dele e da vossa colaboração no lançamento de Dark Roads? Dark Roads Aproveito a deixa de Dark Roads para te perguntar se a arte dos videojogos não te influenciou no design de alguns discos mais ligados ao espaço? Dark Roads The 5th Dimension The Expedition Beyond Como recordas os tempos que passaste nos Metal e a tomar conta da Artistery Records? Sentes que retiraste daí algumas lições úteis para o que fazes hoje? Fearful  És um pouco o cientista louco e genial no que toca ao design dos discos da Wil-Ru. O que achas das caixas de Blu-Ray? Podiam enquadrar-se no teu método? audiobook  artwork

DJ No Requests é um grande nome. Faz-me sorrir a cada vez que o digo. Qual é a parte mais divertida desses DJ sets?


E o que podes adiantar sobre o calendário de edições para os próximos meses?
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