Em um verão com sensação térmica de 50° e praias lotadas, muitos cariocas preferem curtir as areias pela noite. É mais tranquilo, há espaço para todos, protetor solar não é preciso, não há arrastão e nem flanelinha. Entre um mergulho e outro, talvez seja possível encontrar alguma festa rolando, dessas em que todo mundo está de biquíni e com um sorriso de orelha a orelha. Para quem está ocupado durante o dia, para os que estão de férias, para turistas ou moradores, para notívagos em geral: curtir a praia de noite é a moda da estação. Porque praia é legal e democrática tanto de dia quanto de noite.
Luciano Fidelis (37), autônomo, morador do bairro do Itanhangá, aproveita a praia para soltar pipas com sua família e seus amigos na Praia do Pepê. Eles chegam às 20h30m e ficam até a 0h30m.
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Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2015.
Júlio Cesar (11) deita na água rasa enquanto aguarda o pai acabar de pescar no Quebra-mar, embaixo do viaduto, na Barra da Tijuca.
Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 2015.
Danilo (22), salva-vidas, e Arthur (22), técnico em informática, da comunidade de Rio das Pedras, chegaram no Posto 3 com amigos às 23h e ficaram até as 4h da madrugada fumando fumo de chocolate com narguilé.
Paulo Henrique (16), estudante, e mais sete amigos da comunidade de Rio das Pedras chegaram no Posto 3 por volta das 22h para acampar na praia e ficaram até o amanhecer da quarta-feira (13 de janeiro).
Abimael Oliveira (16) é auxiliar de escritório. Na saída do trabalho, por volta das 20h, desce na altura do Posto 9 e caminha até o Arpoador escutando musica e lendo um livro. Ele vai embora às 23h.
Grupo de candomblé com 25 pessoas faz oferenda a Iemanjá na cerimônia “oferta de balaio” no Quebra-mar, embaixo do viaduto, na Barra da Tijuca.
Neiva Mendel (50), teóloga, e Regina (35), advogada. Elas são de Minas Gerais e chegaram junto com o marido de Regina por volta das 19h, ficando até as 23h. Elas preferem curtir a praia de noite, porque não tem perigo de arrastão, não tem problema de insolação, não tem de passar protetor solar e tem espaço para todo mundo. A praia é calma e linda.
Grupo de 20 amigos da Igreja Sara Terra em confraternização realizada uma vez por mês, na praia do Pepê, na Barra da Tijuca. Moradores de Sulacape, eles chegaram às 23h30m e ficaram até as 3 da madrugada.
Arpoador, 26 de janeiro de 2015.
Hélio Marques (40) é professor de Educação Física e três vezes por semana frequenta a academia ao ar livre no cantinho da Praia do Diabo. “Como saio muito tarde da academia onde trabalho, venho aqui e aproveito a noite”, contou.
Cesar Meniz (27) é artista de circo. Paulistano, ele veio passar o carnaval no Rio. Ele e seus amigos frequentam a praia cinco vezes por semana, chegando por volta das 22h30m e ficando até 1h da madrugada curtindo a praia, mergulhando e praticando malabarismos.
Marina (17), da Zona Sul, e Maria Eduarda (16), de Triagem, chegaram por volta das 17h e ficaram até as 22h. Elas costumam frequentar a praia no fim de semana, mas, no verão, vão sempre todos os dias.
Guilherme (30), corretor imobiliário, com sua noiva e o cachorro Heros, de um casal amigo, chegaram na praia por volta das 22h. Eles ficaram brincando de pneu com o cão até as 23h.
A produtora de eventos culturais “Tropical Vibez” organizou a quinta festa em janeiro; dessa vez, o evento foi para a aniversariante Marina Pinheiro (33), com mais de 60 convidados na praia. A festa é aberta para quem quiser curtir um pouco de boa música num ambiente relaxado. Como disse Filipe Peçanha, produtor da festa: “É uma forma de democratização praiana. É o sol se pôr que o som sobe”.
Joyce (33), de Engenho Novo, junto ao filho e à mãe, vai uma vez por mês à praia de noite. Elas chegam por volta das 21h e ficam até as 22h30m. Ela leva o filho para pegar tatuí (bicho do mar com gosto parecido com camarão) debaixo da areia. Há tempos, não o encontrava. A intenção é fazê-lo frito em casa.
Adriana (38), de Ipanema, e suas duas sobrinhas vão três vezes por semana à praia de noite. Elas saem por volta das 17h da praia de Copacabana e vão visitando diferentes pontos até chegarem no Posto 9. Vão embora quando as sobrinhas querem.
Luana (30), promotora, e sua família, com doze pessoas, chegaram de Rio das Pedras por volta das 21h e ficaram até as 3h da madrugada.
A estudante Camila Rosa (25) e o promoter Eduardo Melo (20), amigos de Ipanema. Eles chegaram por volta das 22h e ficaram até 1h escutando música.
Ana (49), psicopedagoga, chegou com toda sua grande família, incluindo o cachorro ” Jacques Cousteau “. Eram vinte pessoas. Eles saíram em quatro carros do bairro de Jacarepaguáàs 19h e ficaram até 2h no Posto 3.