Wolf
Odd Future
7/10
Estamos em 2013 e o Tyler The Creator continua a fazer álbuns. Sim, tenho um fetiche assumido por este gajo — que não se deve apenas facto de ele também curtir gatinhos. Este mano sempre soube balançar bem o limbo que criou entre as suas personagens sociopatas/xenófobas/niilistas/esquizóides que encontramos em Bastard e Yonkers. Contudo, parece que à terceira é de vez e o Tyler/Wolf Haley decidiu sair, finalmente, do armário (calma pessoal, só o Frank Ocean é que pega de empurrão).
Em Wolf, o Tyler mostra-nos que todas as personas que nos deu a conhecer fazem parte do seu enorme ego. Descobrimos aqui um Tyler a falar de necessidades normais do ser humano, de ser amado e de quer amar. O fim da suposta idade da loucura dos 19 e a entrada na suposta ternura dos 20 tornou este exímio rapper um bocado maricas, porque ninguém acredita que um tipo que queria violar raparigas doces e meigas se sinta perdido agora, quando está a uma distância de dez minutos da sua mais que tudo.
Mas, na verdade, o Wolf não é um mariquinhas e não saiu do armário. Não quer admitir que é um narcisista obcecado consigo próprio e por isso inventou uma história de amor/ódio onde só existe espaço para o seu egocentrismo desmesurado. ‘Tá fixe o álbum, Tyler.
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