Daniel Ek, CEO e fundador do Spotify, participou de uma sessão de perguntas e respostas online na última quarta (18) no Quora, um site dedicado ao formato. O chefão do serviço de streaming musical respondeu a questões como se está preocupado com o futuro do setor, o que faz o dia inteiro e o que espera para o futuro do Spotify.
Abaixo, separamos algumas coisinhas que aprendemos com ele.
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1. O CEO do Spotify encara seu trabalho como “em partes zelador, em partes editor”
Ek disse que seu trabalho é “resolver problemas pequenos e grandes do serviço ao mesmo tempo em que observa o que vem adiante, editando nossa visão de forma a dar à nossa equipe o contexto necessário para que desempenhem seu trabalho”. Ele afirma ainda ir de uma reunião com um rockstar num dia até revisar a organização física de seus funcionários no outro.
2. Ek não tem a menor ideia de qual foi a primeira música reproduzida no Spotify
“Não pense que tratamos isso como grande coisa. Mas pensando bem, é bem chato que não tenhamos [tratado]!!”
3. O Spotify não está preocupado com o SoundCloud perdendo dinheiro e o Pandora tentando se vender por aí
Como relatado pelo THUMP, as finanças do SoundCloud não vão nada bem e o Pandora está em busca de compradores. Ek não dá a mínima. Ele disse que os modelos destes negócios são muito diferentes e o Spotify pode contar com rendas previsíveis vindas das assinaturas. “Sentimo-nos confortáveis ao investir em novos mercados, em nosso produto e conteúdo, porque sabemos que temos um modelo crescente e robusto nos apoiando”.
4. O Spotify quer que os artistas sintam que a empresa está no mesmo barco que eles
“É nossa responsabilidade garantir que os artistas — e compositores e produtores e todos os envolvidos com música — compreendam que estamos juntos nessa, comprometidos com seu sucesso.”
5. O empreendedor sueco começou sua carreira como desenvolvedor
Mas depois de ter tirado um tempinho pra abrir quatro empresas, ele afirma ser “péssimo em código”.
6. O Spotify pensa no que você ouve
“Nossos hábitos e momentos definem o que ouvimos mais que qualquer outra coisa. As pessoas querem ouvir algo quando estão prestes a sair no final de semana, e algo diferente ao jantar em casa, ou pra treinar, dormir, e por aí vai. E esta ‘segmentação’ de barreiras de gênero abre caminho para programações mais interessantes e relevantes — bem como a descoberta de novas músicas”.
7. Ek crê que playlists no Spotify são essenciais para que se descubra sua música
“A maneira mais fácil hoje é de convencer as pessoas a coloca-la [sua música] em suas playlists e compartilharem. Ambos os canais são gigantescos e podem levar a maior promoção por meio de nosso ranking viral, por meio do ‘Descobertas Semanais’, a ser destacado como novo lançamento, etc. O Spotify é democrático no sentido de que, se as pessoas realmente gostarem e os ‘sinais vitais’, como os chamamos, forem bons, o sistema entenderá isso e espalhará pela rede”.
8. O Spotify quer fazer a trilha de todos os momentos da sua vida, inclusive do seu sono
Ek disse que a ambição futura do Spotify é tornar a música mais presente na vida das pessoas, especialmente nos momentos mais inesperados. Ele citou o sono como exemplo. “Milhões de pessoas todos os dias (ou noites!) dormem com o Spotify ligado. Este é um comportamento inédito para muitos no mesmo público. Então quando pensamos no futuro do Spotify, o que importa mesmo é levar música (e outras mídias) a mais momentos em sua vida”.
Tradução: Thiago “Índio” Silva
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