A gang paulistana mais mal encarada da cena musical você pode até achar que é o Racionais MC’s, mas você tá errado. Os moleque zica mesmo são a galera da Beatwise Recordings que, justamente por causa dessa inerente maloqueiragem de vila de seus integrantes, tem desde o seu primeiro lançamento em novembro de 2012 se colocado como um dos mais criativos e internacionalizáveis trampos de música do Brasil.
E 2014 tá aí já na reta final, portanto urgia alguma coisa inédita e autoral vinda dos nossos beatmakers prediletos. Mas, para sanar a fome estética, nesta quarta (10) o selo faz o seu 18º lançamento, último do ano: o novo disco do MJP, entitulado apenas como S/T.
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O álbum é o terceiro trabalho do Marcelo que sai pela Beatwise; o primeiro foi o B-Sides (2003-2008), uma coletânea com bonitas velharias de carreira, e o segundo o Memoriaz, lançado no ano passado.
Como o disco acabou de sair, não vou arriscar muito na resenha relâmpago não. Mas, por cima, consigo dizer que a ideia geral parece ser bem Beatwise; partir do hip hop (de um jeito bem geralzão, só o swing) e chegar em vários lugares da música eletrônica ao mesmo, drum and bass, grime, dubstep, sei lá mais o que. Impossível tirar da cabeça a zona-cinza-urbana-techno do Bok Bok e da Night Slugs, porém com balanços do rap aqui e ali. Meio Kevin Saunderson, meio Flying Lotus, meio Slugabed. Uma puta pirose boa, pra usar o jargão corrente.
Se você estiver por São Paulo neste fim de semana cole no S/A, em Pinheiros, na Inflamável. Lá o MJP fará o lançamento do seu novo trampo, com direito à live PA das canções e o sempre ótimo bônus que são as discotecagens da galera da Metanol.fm, outra gangue bem de rua que tem o Marcelo como integrante.
No Bandcamp da Beatwise tem lá o S/T do MJP para baixar, tudo de graça. Para ouvir você clica no player abaixo.
Acompanhe as outras piroses do MJP na internet:
facebook.com/mjpsp
mjpsp.bandcamp.com
mjptheplace.tumblr.com
soundcloud.com/mjpsp
O Eduardo de vez em quando ainda usa aquele lance lá de Twitter: @euamotubaina