Em 2006, Maria “Show” Christina da Silva foi condenada a seis anos de prisão e cumpriu pena na Penitenciária Feminina Talavera Bruce no Rio de Janeiro. As penitenciárias cariocas estavam com uma problema de superlotação, e muitas detentas foram soltas para darem lugar a criminosas recém-condenadas. Maria acabou cumprindo apenas metade da pena. Depois de passar um tempo com ela durante seus últimos dias atrás das grades, documentei suas duas primeiras semanas de liberdade.
Poucos dias antes de ser solta Maria fuma um cigarro na cela da Penitenciária Feminina Talavera Bruce, onde ela passou três anos por traficar cocaína (algo em torno de 30 quilos por semana) para o Terceiro Comando Puro, uma das organizações criminosas mais perigosas do Rio de Janeiro.
A entrada para uma das alas da prisão, uma das 17 unidades prisionais do notório Complexo Penitenciário de Bangu.
Uma detenta se despede de Maria. Ela vai voltar para a Favela da Coreia, em Bangu. Dessa vez não terá o apoio do marido, que a deixou enquanto ela cumpria sua pena.
Depois de três anos, Maria experimenta pela primeria vez o gostinho da liberdade.
O Rio é parece um paraíso do trajeto de carro da prisão para casa.
Maria abraça um homem que a ajudou enquanto estava presa. Assim que foi solta ela foi até seu bar, que fica em frente ao complexo de Bangu, para tomar alguma coisa para comemorar.
Maria abraça uma de suas filhas em um bar no Morro do Tiro. Uma das coisas que ela mais sentiu falta enquanto estava presa foi de dançar.
Maria senta com seu filho depois de uma conversa tensa. Quando ela pediu para ele ir morar com ela em Bangu ele disse: “Nunca vou morar com você, mãe”.
A comida que foi preparada para comemorar a volta da Maria em Teresópolis, onde seus filhos e amigos mais próximos moram.
Maria entra no mar pela primeira vez em anos. Antes de se envolver com o tráfico de drogas ela ganhava a vida desenhando biquínis.
Maria caminhando entre os pedalinhos parecia uma criança de férias.
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