Chrome Dome

O som synthpunk meio gótico do Chrome Dome saiu das sombras no ano de 2009. Desde o início, as batidas sombrias e as letras de epitáfio – cortesia de Shaun South e do laconicamente esguio Ben Woodward – tinham uma pegada obscura que pode-se até considerar um pouco dançante.

Famosos por organizarem seus próprios shows no melhor estilo “faça você mesmo”, o Chrome Dome se tornou habitué em eventos noturnos underground e nos happenings que aconteciam em galpões. South ficou conhecido também por sua série de eventos ao ar livre, o Summer Winds, onde é só chegar, plugar seus instrumentos e tocar.

O single Negative Vibes e os vários shows feitos fora de casa renderam à banda diversos seguidores entre os ouvintes mais excêntricos da Austrália. Inspirados em grupos como o Suicide, o Nervous Gender e os conterrâneos do Primitive Calculators, a banda se destacou tanto por sua intensidade exótica quanto pela falta de guitarras em sua formação. Seus shows ao vivo cada vez mais intensos culminaram com uma implosão em pleno palco – em 2009, Woodward no meio de um show e nunca mais voltou.

Depois disso, South seguiu em frente e recrutou dois novos integrantes: Bryce Sweatman, na bateria, e Andrea Blake, nos sintetizadores, samplers e vocais. Mantendo o som dark e desconsolado, mas agora com sintetizadores mais presentes, o novo Chrome Dome lançou em 2010 seu LP homônimo de estreia pela gravadora Lexicon Devil. Mostrando o que a banda chama de “música pop hipnótica e feia”, o passo seguinte foi o single Topped, lançado pela No Patience Records.

Após uma pausa para se dedicar à produção de material novo, o Chrome Dome recentemente voltou a tocar ao vivo. Eles continuam levando a tocha do synthpunk para o futuro, adicionando doses generosas de fluido de isqueiro sempre que dá.

– Palavras por Hannah Brooks.

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